quinta-feira, 3 de julho de 2008

Reação ao Sistema de Fábrica
A criação das máquinas em si não assustou os artesãos, uma vez que alguns aperfeiçoamentos poderiam ser perfeitamente absorvidos pelo sistema familiar de produção. As máquinas pequenas serviriam para atualizar a produção nas oficinas e para facilitar determinadadas etapas da produção. Quando se intensificou o estímulo às invenções técnicas, muitos mestres-artesãos aproveitaram para dar uma contribuição sobre o seu ofício.
Porém os comerciantes queriam substituir as oficinas caseiras pelos grandes galpões onde os trabalhadores tinham hora para entrar e para sair e eram obrigados a trabalhar no ritmo acelerado que o patrão impunha. Uma das estratégias usadas para acabar com a produção familiar foi o estímulo a criação de máquinas de grande porte que só cabiam nos galpões das fábricas. A justificativa acerca da eficiência das grandes máquinas da século XVIII já foi devidamente superada pelos estudiosos, que provaram que o aumento da produtividade obtido pelo sistema de fábrica nos seus primeiros tempos se explica melhor pela utilização da mão-de-obra em jornadas muito extensas de trabalho - poderiam chegar a dezoito horas por dia - do que pela eficácia das máquinas.
A máquina foi o caminho usado pelo capitalista para reunir os trabalhadores em um mesmo lugar onde ele pudesse controlar todos os movimentos dos operários para que não houvesse desperdícios de tempo ou de mercadorias. Esse processo fatalmente significou o fim das oficinas caseiras.

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