quinta-feira, 3 de julho de 2008

Divisão das tarefas e alienação do trabalhador
Uma das caracteristicas do sistema de fábrica é o parcelamento das tarefas, isto é, o processo de produção de um objeto passa por diversas etapas, cada uma delas realizada por um trabalhador que, dessa forma, se torna especialista na sua função. O exemplo clássico desse procedimento é o da frabicação de um alfinete: um operário se especializa em cortar o arrame, outro em deixá-lo reto, outro faz a ponta, um quarto trabalhador coloca a cabeça enquanto um outro faz o polimento. A justificativa capitalista para esse procedimento é a de que ele acelera a produção. Para o trabalhador ele resulta em uma situação de alienação promovida, pro um lado, pelo fato de que ele trabalha exaustivamete, mas nunca vê o produto de seu esforço, uma ves que o trabalhador participa apenas de um etapa da produção. Nas oficinas de manufatura, os artesãos trabalhavam a matéria-prima até transformá-la em um objeto, participavam de todo o processo de produção; em outras palavras, viam o seu trabalho concretizado no produto final. Para o artesão o trabalho tinha um significado: contruir um objeto; o operário perdeu esse significado do trabalho.
Outra característica da divisão das tarefas é a monotonia das ações. O operário faz sempre os mesmo movimentos repetidas vez ao longo do dia, o que acaba automatizando as sua ações. Em geral, o trabalho fabril desestimula o raciocínio. A pessoa é levada a brecar sua criatividade para se adaptar aos movimentos repetitivos. Como inteligência e criatividade não podem ser eliminadas, o que acaba acontecendo é que a pessoa é obrigada a reprimir a sua potencialidades, resultando em alienação.

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